quarta-feira, 11 de abril de 2012

ARTIGO - DROGA DE TRABALHO: ISSO É NECESSÁRIO?


Comentar sobre o estresse na vida dos profissionais modernos já é um tema bastante debatido.  

Mesmo assim, é um fato que é uma fonte inesgotável de oportunidades para reflexão, assimilação e mudança de comportamento. Além do mais, é importante continuar essa discussão porque as consequências da falta de controle podem atingir pessoas diversas, independentemente do sexo, da idade e da categoria profissional.

Além do mais, é importante destacar que a situação está ficando cada vez mais caótica, já que a grande maioria destes profissionais não busca uma alternativa para minimizar os efeitos devastadores que esta situação causa. Esses efeitos podem ser físicos ou mentais.

Entre os físicos podem surgir problemas digestivos, cardíacos, distúrbios da menstruação, distúrbios eréteis, queda de cabelos, aparecimento de caspa, doenças infecciosas como a herpes labial ou genital, dores de garganta, resfriados, mau hálito entre outros.

Entre os mentais, a insônia, a irritabilidade, a falta de concentração, o nervosismo, a ira excessiva e não-habitual, crises de angústia, fobias, depressão, perda de libido, etc. 

Destaca-se que nem mesmo os moradores dos centros menores estão livres da sua ação negativa, quando não controlada.

No cotidiano do trabalho, o importante é ter foco e o foco é o resultado, expresso quase sempre em quantidade, em grandes volumes. Assim, geralmente, os profissionais para atingi-los possibilitam o “esquecimento” de alguns fatores importantes como o cuidar do próprio bem-estar mantendo, o equilíbrio entre o trabalho e a qualidade de vida. Esse equilíbrio deve existir, afinal, ambos são fundamentais para a sobrevivência plena da espécie humana.

Em nome do resultado tão almejado, quase sempre, tudo vale a pena. E “pena” aqui assume o seu real sentido, ou seja, vale a penalidade, vale a punição.

E essa punição pode vir através da permissão para o aparecimento de medos, conflitos interpessoais, concorrência exacerbada e injusta, falta de controle na execução das tarefas, longas jornadas de trabalho, gerando falta de tempo para curtir a família, dar um passeio, ir a uma academia, visitar um médico. Pode ainda vir através de ansiedade e de outros meios de pressão, ao qual se permitem ser submetidos.

Entretanto, será que todos esses esforços compensam? Confúcio já afirmava que os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, e depois perdem o dinheiro para recuperá-la. 

As pesquisas comprovam que, principalmente nas grandes cidades com o ritmo de vida alucinado e estressante, os profissionais, independentemente do segmento no qual atuam, com poucas exceções, não buscam alguma atividade que possa servir de válvula de escape. Assim, para suportar a pressão procuram ser envolver com medicamentos e/ou drogas ilícitas ou lícitas.

De uma maneira geral, anteriormente as drogas mais usadas pelos profissionais  eram o álcool, o tabaco, a maconha, a cocaína, as anfetaminas (rebite, extase), os anticolinérgicos (plantas e substâncias sintéticas que produzem alucinações), solventes, tranquilizantes, opiáceos (ópio, morfina, heroína), sedativos e barbitúricos (medicamentos do tipo do Gardenal).

O que surge de novo neste cenário é o tipo de substancia que está sendo consumida por esse público: as drogas ilícitas mais novas, mais fortes e potencialmente mais danosas, como o crack que é uma forma menos pura da cocaína.

Essa droga possui um poder muito maior de gerar dependência, pois a fumaça chega ao cérebro com velocidade e potência extremas, ou seja, em, no máximo, doze segundos. Devido ao prazer que é intenso, mas efêmero, surge a necessidade, urgente, de novos e constantes consumos.

É importante reforçar os danos que essa droga causa:

1.    Intoxicação causada pelo metal do vasilhame utilizado para aquecer a droga. O metal se espalha pela corrente sanguínea e provoca danos ao cérebro, aos pulmões, rins e ossos;
2.    Comprometimento da fome e sono. O organismo funciona em função da droga. O dependente quase não come ou dorme o que gera emagrecimento e  desnutrição.
3.    Ausência de hábitos básicos de higiene e cuidados com a aparência.
4.    Lesões nos pulmões. A fumaça do crack lesa os pulmões, deixando o usuário vulnerável a doenças como pneumonia e tuberculose, além de outros problemas respiratórios agudos, como tosse, falta de ar e dores fortes no peito.
5.    Aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. A liberação de dopamina faz o usuário de crack ficar mais agitado, aumentando da presença de adrenalina no organismo, levando a problemas cardiovasculares, como infarto.
6.     Degeneração irreversível dos ossos e músculos esqueléticos.
7.    Oscilações de humor. O crack lesa o cérebro, causando perda de função de neurônios, que gera deficiências de memória e de concentração, oscilações de humor, baixo limite para frustração e dificuldade de ter relacionamentos afetivos.
8.    Prejuízo cognitivo. Há redução considerável no quociente de inteligência.
9.    Doenças psiquiátricas. Como o crack age no cérebro, quadros psiquiátricos mais graves também podem ocorrer, com psicoses, paranoia, alucinações e delírios.
1. Redução do desejo sexual.

Em um cenário como esse, como pode um profissional apresentar bons resultados?
Enquanto criador da própria realidade, cada profissional sabe aonde deve ir buscar a alternativa saudável para a sua situação, a sua válvula de escape. Creiam: elas existem!

As mentes e os corpos destes profissionais agradecem e claro, os resultados aparecem.




(*) Odilon Medeiros – Consultor em gestão de pessoas, Mestre em Administração, Especialista em Psicologia Organizacional, Pós-graduado em Gestão de Equipes, MBA em Vendas e palestrante. Contato: om@odilonmedeiros.com.br.


NOTA DO AUTOR:
Este artigo poderá ser publicado em qualquer veículo sem que isso represente a necessidade de pagamento ou outras obrigações por quaisquer das partes envolvidas. Entretanto, a empresa ou qualquer pessoa física que faça a publicação, deverá obrigatoriamente citar o autor.


Nenhum comentário:

Postar um comentário