segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

BURNOUT: REFLEXÕES, CONSEQUENCIAS E UM CONVITE À MUDANÇA.


Não é novidade para ninguém que não temos tempo sobrando e que, muito pelo contrário, há uma falta generalizada deste item de tão grande importância.

Essa falta de tempo aliada a pressão constante e a busca de resultados a qual somos submetidos, faz com que, muitas vezes, nos esqueçamos de nós mesmos.

 

Hoje proponho que você dê uma atenção especial a você mesmo, se observe, foque no seu comportamento atual e veja se estão acontecendo alterações. Depois faça algumas reflexões. Vamos lá? Eu ajudo você nesta jornada.

 

Primeiro gostaria que você verificasse se está sentindo mais fortemente uma necessidade de se afirmar, de mostrar para os outros que pode, que sabe, que faz, etc. Isso está acontecendo?

 

Observe também se você está disponibilizando uma dedicação intensificada àquilo que sempre fez. Veja se está havendo alguma mudança e está ocorrendo predominância da necessidade de fazer tudo sozinho.

 

Perceba se você está tendo descaso com as necessidades pessoais, tais como se alimentar, dormir, ter cuidado com a própria higiene. Você está achando que sair com os amigos está perdendo o sentido?

 

Está se sentindo ameaçado ou está inseguro e está criticando os supostos responsáveis por coisas erradas, de acordo com a sua visão? Deixe eu explicar: Quando eu falo que é “de acordo com a sua visão” é porque só você está vendo esse erro.

 

Está tirando conclusões equivocadas, baseadas em suposições?

 

E o que dizer, com relação seus valores? Eles mudaram? O que tinha valor continua valorizado, ou não? E o que você tem valorizado ultimamente? Família, amigos, lazer, etc?

 

Os seus problemas são maiores do que os das outras pessoas? Você “tem tido” a certeza de que só você é capaz de resolver os problemas? Você tem se achado mais cínico ou, o que é pior, mais agressivo do que o seu normal?

 

E no tocante ao convívio social? Você o tem evitado, tem dado preferencia ao recolhimento, aos momentos de solidão?

 

Tem sentido um grande vazio interior? Tem andado depressivo, indiferente ao que acontece ao seu redor? Está exausto e achando que a vida perdeu o sentido?

 

Enfim, tem sentido que não é mais a mesma pessoa, pois está apresentando mudanças evidentes de comportamento?

 

Se você respondeu afirmativamente a maioria das perguntas, cuidado! Você pode estar sofrendo de uma síndrome, a do esgotamento profissional, que corresponde ao colapso físico e mental, que é, tecnicamente, conhecida com burnout.

 

Para quem não tem o domínio da língua inglesa, burnout, numa tradução mais fiel significa “queimar para fora”. No nosso contexto, significa algo como perder a energia. É uma reação à tensão emocional gerada a partir do trabalho, principalmente, quando a atividade envolve a relação direta com pessoas preocupadas ou com problemas.

 

É importante que você não confunda o burnout com o estresse. Enquanto no primeiro são respostas ao estresse laboral crônico e envolvem atitudes e condutas negativas com relação a si próprio, aos usuários, aos clientes, aos colegas de trabalho, à organização e ao trabalho em si, ou seja, causam problemas de ordem prática e emocional ao trabalhador e á empresa. Já o estresse, cientificamente falando, é um esgotamento físico e/ou mental que gera interferência na vida do indivíduo e não necessariamente na sua relação com o trabalho ou com terceiros.

 

Para facilitar o entendimento, podemos consultar Freudenberger, que foi o primeiro teórico a usar o termo com o sentido que utilizamos atualmente. Ele considera que Burnout representa um estado de exaustão resultante de trabalhar exaustivamente, deixando de lado até as próprias necessidades. Ficou mais simples, não foi?

 

E o que podemos fazer para combater essa síndrome? Abaixo, dou algumas dicas, mas lembre-se que não são as únicas. Você pode investir na sua criatividade e apresentar outras. Ok? Vamos lá:

 

- Você deve tirar férias sempre que possível e aproveitar os finais de semana e feriadões.

- Faça um balanço de suas atividades. O que está demais? O que pode ser feito para mudar essa situação? Como você pode fazer isso?

- Dê prioridade àquelas tarefas que fazem você se sentir produtivo e que garantem o sucesso de sua atividade. Essa ação pode fazer com haja um acúmulo das outras atividades, mas, nesse intervalo você se energiza e se fortifica para enfrentar a rotina exaustiva que está sendo submetido.

 

Bom, agora cabe a você a decisão de mudar ou não essa situação. Veja além da sua rotina, pense nos benefícios que todos irão obter. Seja mais forte que essa situação. Aja e seja feliz. Que assim seja.

 

 

(*) Odilon Medeiros – Consultor em gestão de pessoas, palestrante, professor universitário, mestre em Administração, especialista em Psicologia Organizacional, pós-graduado em Gestão de Equipes, MBA em vendas Contato: om@odilonmedeiros.com.br / www.odilonmedeiros.com.br

 

NOTA DO AUTOR:
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