Final de ano é uma época de realizar
balanços. Já no início, normalmente começamos a fazer projetos e pensar nas
mudanças que pretendemos fazer na nossa vida. E para contribuir com essas
mudanças, proponho que coloquemos mais otimismo no nosso cotidiano.
Será que temos razão para isso?
De acordo com o barômetro global de
esperança e felicidade, pesquisa realizada mundialmente pela WIN-Gallup International
Association, que é a maior rede independente do mundo de pesquisas de opinião, com
resultados bem fresquinhos já que foi apresentada no dia 30 de dezembro de
2012, 35% da população do mundo, ou seja, a maioria das pessoas está esperançosa
sobre as perspectivas econômicas para 2013. É importante destacar que pesquisa
envolveu 55.817 homens e mulheres de 54 países. Estariam todas elas erradas?
Algum incrédulo pode até dizer que
estamos falando de expectativa e que entre a expectativa e a possibilidade de
concretização há uma distancia muito grande. É verdade, mas é verdade também
que essa visão contrária é uma estratégia do cérebro humano para a motivação,
que, cientificamente falando, chama-se de “viés otimista”. Em outras palavras,
é a tendência dos nossos neurônios de pender para o otimismo ao projetar o
futuro.
O escritor científico Matt Ridley afirma
que “o mundo nunca foi um lugar tão bom para se viver” e consegue listar 23
razões para fortalecer a teoria. Algumas das quais quebram paradigmas. Por
exemplo, ele afirma que os ricos estão mais ricos, mas que os pobres hoje têm muito
mais qualidade de vida. Em sua opinião, mundialmente falando, em 20 anos essa
classe social dobrou o consumo, hoje os chineses vivem 28 anos a mais que há 50
anos e os nigerianos são duas vezes mais ricos e também vivem mais.
Ridley fala ainda que há muito
interesse no pessimismo. Segundo ele, nenhuma instituição beneficente
conseguiria auxilio se informasse que estava tudo bem e que boas notícias não
dão manchetes. Será?
Até agora só discutimos sobre o lado
racional do otimismo. Mas será que a ciência fala algo sobre o lado emocional? Fala
sim. Em um deles, realizado no Instituto de Saúde Mental, na Holanda, com 545
participantes, constatou-se que em homens que acreditavam na realização dos
seus projetos, houve redução de até 50% nas mortes por males cardiovasculares.
Para o líder do trabalho, “essa postura provavelmente estimula o organismo a
liberar substâncias como a serotonina e a dopamina, que afastam o nervosismo e
protegem os vasos”.
No caso das mulheres, estudos
realizados durante oito anos por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh,
nos Estados Unidos, que acompanharam quase 100 mil mulheres durante oito anos,
comprovaram que as otimistas apresentam um risco 9% menor de desenvolver
problemas cardíacos e 14% menos probabilidade de morrer devido a qualquer outra
doença sem ser do coração. A razão disso? “Quem pensa positivo costuma fumar
menos, se alimentar melhor e se exercitar mais, sem contar que tem menor
tendência a desenvolver depressão, estresse e pressão alta” comenta a autora da
pesquisa, Hilary Tindle.
As pessoas que são espiritualistas
afirmam que iniciar qualquer projeto acreditando que dará certo, já possuem
grandes possibilidades de desta ideia se concretizar. Mas terá alguém que
comece pensando o contrário? Em caso positivo, por que começou?
Além do mais, o otimismo aumenta a
autoestima e facilita os relacionamentos. Afinal, quem gosta de conviver com
pessimistas?
Só tenha cuidado para não se tornar
uma Pollyanna. Lembre-se que é possível ser otimista e obter todos os
benefícios oriundos desta postura sem fugir da realidade.
Diante do que foi dito, que balanço
você faz da sua vida? Ano a ano a sua condição de vida está melhorando também? Sim?
Ótimo. Não? Seja sincero, você está contribuindo para mudar esse cenário?
Aproveite que o ano está começando,
faça um balanço, elabore um plano de ação com metas possíveis de serem
alcançadas.
Lembre-se que o mundo vai ter a cor
que você escolher. Procure ser feliz. Que assim seja!
(*) Odilon Medeiros
– Consultor em gestão de pessoas, palestrante, professor universitário, mestre
em Administração, especialista em Psicologia Organizacional, pós-graduado em
Gestão de Equipes, MBA em vendas Contato: om@odilonmedeiros.com.br / www.odilonmedeiros.com.br
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