Não. Definitivamente eu não estou
falando nenhuma língua de origem asiática, monossilábica como o Mandarim. Mas,
essa é a sensação que muitos gestores (é... se você não sabe, saiba que não
está sozinho) sentem ao ouvir essa expressão.
Podem estar pairando pelas cabeças dos
leitores alguns questionamentos do tipo: o que pode ser isso que está merecendo
uma reflexão? Inclusive, fico com a sensação que alguns já estão angustiados
por eu estar demorando a explicar o que é ROI.
Então, para reduzir a tensão,
permitam-me explicar. ROI nada mais é do que uma sigla: Return On Investment.
(retorno sobre o investimento). Trata-se uma ferramenta estratégica que
possibilita saber, por exemplo, os benefícios que se obterá ao realizar uma
capacitação para os colaboradores.
E ainda falando sob essa ótica, acreditem:
além de não saberem o que é o ROI alguns gestores, e, talvez até por essa
razão, ainda acreditam que usar dinheiro em treinamento é custo e não
investimento. Alguns chegam a tentar se enganar pensando que a sua equipe já
está muito bem capacitada e que não precisa de atualização. Se eles olharem
para o lado, verão que as empresas que estão fazendo sucesso, sendo referencia,
inclusive no segmento onde esses gestores atuam, investem pesadamente em
capacitação das suas equipes.
Notícias veiculadas na imprensa
mostram que, mais que nunca, as empresas estão investindo na formação de seus
profissionais, realizando, inclusive, treinamentos dentro das suas instalações.
Esses gestores sabem que sempre há algo para ser complementado na formação de
cada profissional.
Estarão elas erradas?
Para eliminar essa dúvida, proponho um
desafio: tente lembrar de algum especialista, que tenha reconhecimento e
sucesso profissional. Pode ser de qualquer área. Lembrou de alguém? Ok. Mesmo
sem ter qualquer dom sobrenatural, sou capaz de garantir que um dos fatores do
seu sucesso, é a atualização dos seus conhecimentos. Se possível, converse com
ele, ou faça uma pesquisa e tente descobrir se há uma limitação na formação
básica dele ou se está em busca de novos conhecimentos.
Nada está tão bom que não possa ser
melhorado. Não há outro caminho, que não seja a capacitação/atualização para
transformar equipes normais em equipes de alto desempenho.
Por essa razão, há a necessidade
realizar investimentos na capacitação de pessoal. Como qualquer investimento,
há riscos. Entretanto, concordo com a resposta dada por um famoso consultor que
comenta que um empresário afirmou que era um risco capacitar alguém da sua
equipe, pois, depois de capacitado esse profissional poderia deixar a empresa e
o consultor respondeu que risco maior era permanecer com esse colaborador sem
capacitá-lo. Tudo depende do ponto de vista...
O ROI pode ser utilizado para quantificar
a eficácia da formação, gerir o orçamento de treinamento, identificar áreas de
melhoria, fornecer informações diversas para a gestão e outras partes
interessadas, etc.
Deve estar ligado às metas organizacionais
e inclui benefícios diretos e indiretos, tangíveis e intangíveis, imediatos e
futuros, como a produtividade, o lucro líquido de inventário, os ciclos de
caixa e satisfação do cliente. Considera ainda os objetivos da aprendizagem (desempenho,
conhecimentos e habilidades). Para descreve-los, é necessário definir o
público, o comportamento esperado, em qual condição e em que grau. Como neste
exemplo:
Após a conclusão do curso, o aluno
(PÚBLICO) será capaz de acertar (COMPORTAMENTO) 85% ou mais (GRAU) em um teste
de 25 questões de múltipla escolha (CONDIÇÃO).
Vejamos um modelo
quantitativo, baseado em modelo elaborado pelo consultor Ricardo Franco: cem vendedores foram treinados. Supondo que
metade deles passem a vender um produto a mais por mês e, então, teríamos 50 produtos/mês
como venda adicional. Ok? Muito bem, se a média de preço do produto for R$ 1
mil, teríamos renda extra de R$ 50.000,00/mês ou R$ 600.000,00/ano.
Considerando
somente 15% deste valor (como margem, lucro, etc), ele significa um adicional
de R$ 90.000,00/ano. Supondo que o valor do programa tenha sido R$
9.000,00/ano, o ROI seria 10 vezes o
investimento, apenas considerando a parte financeira. Pode ser que os
benefícios contínuos, intangíveis ou indiretos, sejam ainda maiores.
Então, só podemos chegar a conclusão:
o ROI, se bem administrado, não dói. Pense nisso e seja feliz. Que assim seja!
(*) Odilon Medeiros
– Consultor em gestão de pessoas, palestrante, professor universitário, mestre
em Administração, especialista em Psicologia Organizacional, pós-graduado em
Gestão de Equipes, MBA em vendas Contato: om@odilonmedeiros.com.br / www.odilonmedeiros.com.br
NOTA DO AUTOR:
Este artigo poderá ser publicado em
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